O trabalho apresentado neste episódio propõe que o analista contemporâneo pode e deve ouvir as variadas linguagens do homem e, com uma postura técnica específica, ajudar o paciente, por meio de momentos intermediários, a pensar o impensável, a nomear o inominável. Parte da escuta da linguagem do não simbólico, que depende da capacidade de devaneio do analista e de sua capacidade de metaforizar os relatos do paciente, para propor, ao invés, a construção de formas simbólicas por meio do uso do que o autor chama de “andaimes para pensar”. É isto que permite a historicização, a criação conjunta de uma narrativa a respeito da história de vida do paciente. Sem isto, há uma eterna presentificação da experiência emocional traumática, resultando no “assassinato do tempo” (Green).
Dr. Ruggero Levy, Psicanalista, Membro Titular e Analista Didata da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA), Brasil; Ex-presidente da SPPA, presidente do Comitê dos Working Parties da IPA; Keynote paper / Major Lecture no 50º Congresso da IPA em Buenos Aires, 2017; Ex-Membro do Conselho da IPA de 2011-2013 e de 2013-2015; Professor e supervisor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul nos Cursos de Especialização em Psicoterapia de Crianças, Adolescentes e Adultos; Autor de diversos capítulos de livros e artigos científicos publicados em revistas psicanalíticas regionais, nacionais e internacionais. Este episódio está disponível também em Inglês